Design thinking: o que é e como aplicar no seu negócio?

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De acordo com o livro “Design thinking: inovação em negócios”, o método é baseado em soluções criativas levando pessoas a utilizarem a multidisciplinaridade e colaboração de pensamentos e processos.

O Design thinking é uma forma de pensar que ajuda a resolver diversos problemas. É um conceito que surgiu dentro do design, sendo aplicado em empresas, principalmente no exterior, mas que já está sendo aderido no Brasil.

Porém, o design thinking não tem a ver diretamente com artes visuais, mas sim com a maneira com que as pessoas enxergam o mundo à sua volta, buscando minimizar o que prejudica a experiência e o bem-estar do ser humano. Ou seja, detectar defeitos e pontos fracos, elaborando soluções diferentes das habituais.

Como funciona? É necessário conhecer todos os aspectos dos problemas, lançar mão de pessoas que colaborem em diversas áreas do conhecimento para ter mais opções de resoluções. Utilizando das mesmas técnicas dos designers, a busca é por impactar conhecimento, sentimento e emoção do ser humano.

O design thinking teria surgido nos Estados Unidos na década de 1960, porém, só começou a ser, de fato, utilizado regularmente ao entrar no mundo dos negócios quando um empresário desafiou outros gestores a pensarem fora da caixa, mostrando a utilização de processos multidisciplinares como parte da solução criativa para problemas nas empresas. Ter a mesma visão que os designers para a resolução de problemas.

Desta forma, os estadunidenses aderiram ao conceito. Nós, brasileiros, ainda estamos engatinhando como designers thinkers, porém, esse desenvolvimento por aqui é promissor e está desafiando cada vez mais os empreendedores a pensarem fora da caixa.

Etapas do design thinking

As etapas do design thinking são as seguintes:

  • Imersão: esta é aquela etapa em que se deve levar em consideração os diversos aspectos do problema, mergulhando fundo para entender as causas, consequências, o contexto, etc. São levados em consideração os pontos de vista do cliente e do usuário final;
  • Ideação: nesta etapa, deve-se utilizar toda a síntese feita a partir do que foi gerado na fase de imersão para buscar, assim, soluções inovadoras;
  • Prototipação: testes de validação das ideias são feitas durante esta fase, que pode ocorrer durante todo o processo de design thinking.

A imersão é dividida em preliminar (primeiro contato com o problema) e em profundidade (identificação de oportunidades e necessidades para a resolução). O designer thinker deve se reunir com o cliente para entender inicialmente do que se trata, se são questões financeiras, de folha de pagamento, de motivação de funcionários, se os concorrentes ofertam produtos melhores, etc. No decorrer do processo, a imersão em profundidade vai levar em consideração todas as opiniões em uma análise qualitativa do problema ouvindo não somente a gerência, como os funcionários, os clientes da empresa e levantando informações sobre os concorrentes.

Para essa imersão são utilizadas várias técnicas como o reenquadramento, a pesquisa exploratória, a pesquisa desk, entrevistas, cadernos de sensibilização, sessões generativas, simulação e acompanhamento do usuário.

Após todo esse levantamento de informações, é necessário fazer a análise e a síntese desses dados, anotando em cartões, montando um diagrama de afinidades, um mapa conceitual para melhor organizar visualmente as informações, elaborar critérios norteadores para o projeto, criar personas para simular um perfil de público-alvo, criar um mapa sobre o comportamento do cliente, elaborar um esquema de jornada do cliente, e montar um esquema gráfico para sintetizar como se dá a prestação do serviço.

Utilizando a síntese elaborada na fase de imersão, você deve partir para a fase de ideação, onde irá buscar soluções inovadoras. Para isso, é importante uma pluralidade de perfis de usuários para maior assertividade. Nesta fase, você irá então fazer uma reunião para exposição de ideias da equipe envolvida no processo (brainstorming), promover atividades para a criação de soluções envolvendo a equipe multidisciplinar, elaboração de um documento com a síntese de todas as ideias criadas e análise estratégica de todas as ideias expostas.

A partir daí, serão feitos testes de validação das ideias na fase de prototipação, levando em consideração todos os pontos de vista, e não somente de quem o criou, mas também de quem será beneficiado com o projeto. Esses testes devem ser feitos e refeitos, à medida em que algo novo surge ou que o projeto não se encaixe às necessidades do destinatário final. Para a prototipação, o designer thinker deve fazer anotações, elaborar um modelo do produto, simular a utilização do produto ou serviço no momento de necessidade e um storyboard para representar visualmente todas as etapas do processo de utilização do produto ou serviço.

Design thinking: ferramentas

As ferramentas do design thinking são as seguintes:

  • Entrevista: contato direto com a pessoa para entender seus pensamentos a respeito da situação;
  • 5 por quês: questões norteadoras para descobrir as causas de uma situação;
  • Simulação: visão etnocêntrica para entender o ponto de vista de alguém submetendo-se às mesmas condições;
  • Personas: simulação de um perfil de pessoa levando em consideração como pensa e como age;
  • Critérios norteadores: espinha dorsal de um projeto, do qual não se deve desviar;
  • Diagrama de afinidades: organização de informações com base em critérios de similaridades;
  • Jornada do usuário: traçar uma ordem cronológica entre a descoberta do problema ou necessidade até a aquisição;
  • Mapa mental: ideia central ligada a diversas ideias secundárias, de forma com que a hierarquização possa dar um norte para o progresso do projeto;
  • Blueprint: representação gráfica da prestação de serviço;
  • Ponto de vista: definição e declaração do problema a partir do ponto de vista do usuário;
  • Reenquadramento: quebra de padrões e desmistificação de crenças a partir de avaliação sob diversos ângulos do problema;
  • Mapa de stakeholders: representação visual da equipe em interatividade;
  • Storyboard: representação visual estática que comunique uma história;
  • Canvas: espaço para distribuição dos diversos itens do projeto;
  • Brainstorming: reunião rápida para exposição de ideias de diversos membros da equipe;
  • Prototipagem: testes de validação com simulações do produto ou serviço criado.

Assim se faz a utilização do design thinking em inovações em negócios e poderá servir como uma grande experiência para seus negócios decolarem.

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